domingo, 8 de setembro de 2013

Medo (...)




Sempre antes de chorar eu sorria. Sorria porque logo percebia que não ia valer a pena chorar por quem não se importava. Só que a dor sempre falou mais alto. E não me dava o direito de permanecer alegre. Isso me dava medo. Eu sou uma pessoa mista. Mista de sorrisos e choros. Sempre busquei melhorar por quem andava comigo, mas isso nunca foi o suficiente para que elas reconhecessem. Logo em seguida eu comecei a me julgar, por não conseguir. Não sou fria, grossa, ignorante e dramática. Eu sou doce, meiga, amiga e burra. Pena que poucas pessoas não conseguem enxergar isso em meu olhar. Tenho um coração mole revestido de retalhos que eu mesmo cortei. Eles servem para estancar o que já jorra por fora. Os retalhos estão ficando desgastados, faz tempo que os colei. Não sei quantos mais, serão necessários para repor. Só sei que continuarei sozinha e ao mesmo tempo lado de quem me ama. Afinal, é no meio das multidão que nos sentimos só. Queria tanto não ter medo. Pois o medo me deixa fraca. O medo não me faz acreditar nem nas pessoas que ainda conseguem segurar a minha mão. Me faça sentir qualquer sensação horrível, só não me deixa ter medo.

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